Dois empresários presos em Campinas, nesta sexta-feira (29/8), são suspeitos de financiar um plano do PCC para assassinar o promotor Amauri Silveira Filho. A Operação Pronta Resposta, do Gaeco e PM, desarticulou a trama. Sérgio Luiz de Freitas Filho, o “Mijão”, foragido, seria o mandante.
Empresários Presos por Plano Criminoso
Dois empresários foram presos em Campinas (SP) na manhã de 29 de agosto de 2025, acusados de financiar um plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) para matar o promotor Amauri Silveira Filho, do Gaeco. A Operação Pronta Resposta, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pelo 1º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), cumpriu dois mandados de prisão e quatro de busca e apreensão. As prisões ocorreram nos bairros Cambuí e Alphaville. Saiba mais no G1.
Os suspeitos, Maurício Silveira Zambaldi, conhecido como “Dragão”, e José Ricardo Ramos, atuam nos setores de comércio de veículos e transporte. Eles teriam financiado veículos, armas e operadores para uma emboscada contra o promotor, visando interromper investigações da Operação Linha Vermelha, que apura tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
Quem é o Promotor Amauri Silveira Filho?
Amauri Silveira Filho, alvo do plano do PCC, é um experiente promotor do Gaeco em Campinas. Ele lidera investigações contra o crime organizado, incluindo tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Esta não é a primeira vez que ele enfrenta ameaças: em 2013, recebeu uma carta com dados pessoais e fotos de familiares, após denunciar policiais corruptos ligados ao PCC.
A Operação Linha Vermelha, conduzida por Amauri, revelou esquemas bilionários da facção, incluindo fraudes no setor de combustíveis. Sua atuação colocou a cúpula do PCC em alerta, motivando o plano de execução. Confira mais em nossa seção de Segurança na categoria Brasil.
Detalhes da Operação Pronta Resposta
A operação foi autorizada pelo juiz Caio Ventosa Chaves, da 4ª Vara Criminal de Campinas. Além das prisões, foram apreendidos celulares e uma pistola calibre .380, possivelmente destinada ao crime. Um terceiro mandado de prisão, contra Sérgio Luiz de Freitas Filho, o “Mijão”, não foi cumprido, pois ele está foragido, possivelmente na Bolívia. Leia mais na Veja.
O Papel do Líder Foragido “Mijão”
Sérgio Luiz de Freitas Filho, conhecido como “Mijão”, é apontado como o principal articulador do plano do PCC. Integrante da Sintonia Final da Rua, a cúpula da facção em liberdade, ele opera o tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. Foragido há quase 20 anos, Mijão teria coordenado a trama a partir da Bolívia, onde gerencia um restaurante em Santa Cruz de La Sierra como fachada.
Seu histórico inclui a Operação Gaiola (2014), que apreendeu 787 kg de cocaína e 1.838 kg de maconha. Ele é um dos maiores operadores do PCC, segundo a Polícia Federal, e mantém laços com outros traficantes, como Rodrigo Felício, preso em 2013.
Quem São os Empresários Presos?
Os empresários presos têm perfis distintos, mas estão ligados ao crime organizado:
- Maurício Silveira Zambaldi (“Dragão”): Dono da Dragão Motors, loja de motos em Campinas, é suspeito de lavar dinheiro do PCC.
- José Ricardo Ramos: Atua no setor de transportes e teria monitorado a rotina do promotor para planejar a emboscada.
Impactos do Plano do PCC
O plano do PCC não visava apenas Amauri Silveira Filho, mas também um comandante da Polícia Militar, cujo nome não foi divulgado. A trama buscava frear investigações que ameaçam as operações da facção, como a Operação Linha Vermelha, que já bloqueou bilhões em bens. A ação expõe a ousadia do PCC em retaliar autoridades que combatem seus crimes.
A prisão dos empresários presos reforça a conexão entre o crime organizado e setores econômicos aparentemente legais, como transporte e comércio de veículos. A lavagem de dinheiro por meio de empresas de fachada é uma prática recorrente do PCC, segundo o Gaeco.
Como Proteger Autoridades?
A segurança de promotores e policiais é um desafio crescente. Medidas para proteger figuras como Amauri Silveira Filho incluem:
- Escolta reforçada: Aumentar a proteção policial para promotores sob ameaça.
- Monitoramento contínuo: Uso de inteligência para identificar planos criminosos.
- Cooperação internacional: Ações com a Bolívia para capturar foragidos como Mijão.A prisão de dois empresários presos em Campinas, em 29 de agosto de 2025, revela a gravidade do plano do PCC contra o promotor Amauri Silveira Filho. A Operação Pronta Resposta, do Gaeco e Baep, frustrou a trama, mas a busca por Sérgio Luiz de Freitas Filho, o “Mijão”, continua. Para acompanhar atualizações sobre segurança pública, visite nossa seção de Segurança na categoria Brasil.
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